Erdogan diz a Putin estar pronto para "tomar a iniciativa" para a paz
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou-se esta quinta-feira disposto a "tomar a iniciativa" para terminar com a guerra na Ucrânia, numa conversa com o homólogo russo, Vladimir Putin, um dia depois de uma troca de prisioneiros em território turco.
© REUTERS/Bernadett Szabo
Mundo Ucrânia
Num contacto telefónico, Erdogan disse a Putin estar "preparado para tomar a iniciativa para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a servir de mediador no caminho da paz", precisou em comunicado a presidência turca.
Erdogan "exprimiu o desejo de estabelecer uma paz duradoura na região logo que possível e acentuou o impulso registado durante as conversações de Istambul" segundo a presidência.
A presidência turca acrescentou que Putin "agradeceu" a Erdogan pela troca de prisioneiros entre Washington e Moscovo anunciada na quarta-feira e que "decorreu na Turquia sob a coordenação e a supervisão" dos serviços de informações turcos (MIT).
O ex-marine (fuzileiro) norte-americano Trevor Reed, condenado a nove anos de prisão na Rússia por violência, foi trocado por Konstantin Iarochenko, um piloto russo detido nos Estados Unidos desde 2010.
Membro da NATO e aliado da Ucrânia, a Turquia esforça-se desde o início da guerra para facilitar uma mediação entre Moscovo e Kiev, e recusou até ao momento juntar-se às sanções ocidentais contra a Rússia, com o objetivo de manter uma linha aberta com o Kremlin.
A Turquia já acolheu por duas vezes negociações diretas entre as duas partes, em 10 de março ao nível ministerial em Antália (sul) e em 29 de março em Istambul.
No seguimento destes encontros, Erdogan afirmou por diversas vezes pretender acolher em Istambul um encontro entre Putin e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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