Joe Biden pede 31 mil milhões de euros ao Congresso para ajudar Ucrânia

O pedido surge quando a guerra na Ucrânia entra numa nona semana.

Notícia

© Getty Images

Marta Amorim com Lusa
28/04/2022 16:15 ‧ 28/04/2022 por Marta Amorim com Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente Joe Biden vai pedir ao Congresso mais 31 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia na sua guerra com a Rússia, disseram hoje dois funcionários da administração, informação confirmada pelo próprio em conferência de imprensa. 

Em declarações aos jornalistas, Biden disse não haver dúvidas de que a Rússia é o país agressor, responsável por crimes de guerra perpetuados na Ucrânia. 

"Precisamos deste financiamento para ajudar a Ucrânia nesta luta pela liberdade", disse o líder norte-americano. 

O pedido, que surge quando a guerra na Ucrânia entra na nona semana, incluirá  assistência militar e económica. Parte do valor da assistência militar poderá ser usada para fornecer armamento a outros países, permitindo que estes "se defendam totalmente".

É mais do dobro do pacote inicial de defesa de 12,9 mil milhões de euros que o Congresso decretou no mês passado.

A última medida assinala um compromisso a longo prazo dos EUA em afastar a tentativa do presidente russo Vladimir Putin de expandir o controlo da sua nação sobre o seu vizinho, e talvez para além dele. 

Joe Biden vai ainda pedir um endurecimento das sanções à Rússia, bem como uma proposta para que os EUA possam usar os bens confiscados de oligarcas russos para compensar a Ucrânia. De acordo com a proposta de Biden, os departamentos de Justiça, Tesouro e Estado trabalharão juntos para compensar os danos causados à Ucrânia com fundos apreendidos a cidadãos russos como parte de sanções por violações de guerra, anticorrupção e controlo de exportações.

A Casa Branca também pediu ao Congresso que crie uma autoridade administrativa especial para apreender bens de oligarcas, para permitir a sua doação à Ucrânia, além de propor a criação de novas medidas sancionatórias que tornem ilegal a posse de dinheiro obtido diretamente a partir de "atividades governamentais corruptas" na Rússia.

"Estamos a fazer tudo no sentido de apreender os bens destes oligarcas e ajudar a Ucrânia", disse. 

"É fundamental que este financiamento seja aprovado e aprovado o mais rápido possível", pede Biden. "Não estamos a atacar a Rússia. Estamos a ajudar a Ucrânia a defender-se contra a agressão russa, e assim como Putin escolheu lançar esta invasão brutal, ele pode fazer a escolha de acabar com esta invasão brutal", disse.

Biden acusou ainda a Rússia de "intimidação e chantagem" no caso do gás russo, frisando que as "ameaças" de Putin não vão resultar. 

"O custo dessa luta não é barato, mas ceder à agressão ficará mais caro" defendeu.

No Congresso dos EUA tem havido um amplo apoio bipartidário para a ajuda à Ucrânia na resistência à invasão russa e a aprovação deste pacote de ajuda parece assegurado.

Contudo, Biden e os democratas também querem que os congressistas aprovem igualmente um pacote de combate contra a pandemia de covid-19, o que pode levar a minoria republicana a oferecer alguma resistência às ambições políticas da Casa Branca.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

[Notícia atualizada às 17h11]

Leia Também: Ucrânia. ONU preocupada com segurança na maior central da Europa

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas