República Checa é a possível sucessora da Rússia no Conselho da ONU
A Assembleia-Geral da ONU vai eleger um sucessor da Rússia no Conselho de Direitos Humanos em 10 de maio, um assento para o qual apenas a República Checa apresentou até agora candidatura, anunciaram hoje fontes oficiais.
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Mundo Ucrânia/Rússia
A República Checa é "o único candidato" nesta fase, mas outros países podem inscrever-se até à data da eleição, disse à agência France-Presse (AFP) a porta-voz da Assembleia-Geral, Paulina Kubiak.
Este lugar deveria, em princípio, ser atribuído a um país da Europa de Leste.
O assento foi abandonado em 07 de abril pela Rússia, após a sua suspensão do Conselho de Direitos Humanos pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), por iniciativa dos Estados Unidos e devido à invasão russa da Ucrânia.
O mandato da Rússia neste órgão expirava em 2023.
Com sede em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos, composto por 47 membros, é o principal fórum das Nações Unidas para esta área.
Além de promover os direitos humanos, a sua missão é rever regularmente a sua situação nos países membros da ONU. Também pode abordar qualquer questão urgente durante reuniões excecionais, como foi o caso da Ucrânia, apesar da oposição de Moscovo.
Desde a invasão iniciada em 24 de fevereiro, a Rússia já foi excluída de várias estruturas internacionais, incluindo dentro do sistema da ONU, reduzindo a sua capacidade de influenciar o cenário internacional.
Além do Conselho de Direitos Humanos, Moscovo foi suspensa na quarta-feira da Organização Mundial do Turismo (OMT, 159 Estados-membros, com sede em Madrid), com a estrutura internacional a argumentar que a ofensiva militar russa em curso na Ucrânia é contrária aos "valores" da organização.
Recentemente, em eleições da ONU em Nova Iorque, a Rússia não conseguiu ser eleita para os conselhos de administração do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da agência da ONU Mulheres, devido a candidaturas rivais de última hora, disseram diplomatas à AFP.
Nas mesmas eleições, Moscovo também perdeu ao tentar obter assentos no Comité da ONU responsável pelas Organizações Não-Governamentais (lugar estratégico para o reconhecimento das mesmas) e no Fórum Permanente sobre Questões Indígenas. Neste caso, a Ucrânia ganhou o assento originalmente destinado à Rússia.
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