Reino Unido mobiliza 8.000 soldados para exercícios na Europa de Leste
Cerca de 8.000 soldados britânicos vão participar no verão em exercícios militares na Europa de Leste ao lado de soldados da NATO, numa "demonstração de solidariedade e força" enquanto continua a invasão russa da Ucrânia.
© Lusa
Mundo Rússia/Ucrânia
As tropas britânicas vão posicionar-se em maio na fronteira entre a Estónia e a Letónia, ao lado de 18.000 soldados da NATO, incluindo franceses e dinamarqueses, que fazem parte da "presença avançada reforçada" da NATO liderada pelos britânicos.
Dezenas de tanques e 120 veículos de combate blindados serão enviados da Finlândia para a Macedónia do Norte como parte das manobraa que já estavam planeadas, mas foram reforçadas desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro.
"A segurança da Europa nunca foi tão importante", disse o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, num comunicado, acrescentando que "estes exercícios farão com que as nossas tropas unam forças com aliados e parceiros da NATO e a Força Expedicionária Conjunta numa demonstração de solidariedade e força que é um dos maiores destacamentos comuns desde a Guerra Fria".
A Força Expedicionária Conjunta (JEF na sigla inglesa) é uma coligação de forças armadas do Reino Unido, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Holanda, Noruega e Suécia.
Entretanto, soldados britânicos foram enviados para a Finlândia esta semana para participar num exercício que "melhorará a capacidade das tropas britânicas e finlandesas de trabalhar lado a lado como parte da JEF, dissuadindo a agressão russa na Escandinávia e nos Estados Bálticos".
O Reino Unido também tem cerca de 1.000 soldados em manobras na Polónia com outros 11 países, incluindo Dinamarca e Estados Unidos, e 2.500 num exercício de paraquedistas e helicópteros na Macedónia do Norte com França, Estados Unidos, Itália e Albânia.
"O Reino Unido está a dar uma contribuição significativa para a defesa da Europa e para a dissuasão da agressão russa. A série de exercícios do exército britânico é fundamental para ambos", enfatizou o tenente-general Ralph Wooddisse.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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