"Aproveitei a oportunidade para felicitar o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo turco pela mediação para a paz que tem feito com a Rússia e a Ucrânia. Desejamos-lhe o maior sucesso nas suas iniciativas diplomáticas e que, mais cedo que tarde, possamos ter boas notícias da paz", disse Maduro.
O líder venezuelano falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em que foram assinados novos acordos de cooperação bilateral entre ambos países.
Na segunda-feira, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou num comunicado, que Istambul estava na disposição de "proporcionar qualquer ajuda, dentro das suas possibilidades, e oferecer qualquer apoio, incluindo de mediação, durante o processo de negociação" entre a Rússia e a Ucrânia.
Nicolás Maduro instou os empresários da Turquia a investir mais no mercado venezuelano, sublinhando que o país está num processo de recuperação económica.
"Chegou o momento de expandir os investimentos turcos na Venezuela, na produção de alimentos, tecnologia, telecomunicações, indústria pesada e leve, medicamentos, turismo, petróleo, gás e petroquímica", disse o governante.
Maduro destacou que foram ainda assinados novos acordos nos setores da juventude, desporto, pequenas e médias indústrias, educação e saúde.
Segundo a imprensa local, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, iniciou a 23 de abril um périplo pela América Latina, tendo visitado o Uruguai, Brasil, Colômbia, Equador e Panamá, antes de chegar à Venezuela.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: "Verdadeiro impacto está na perda de vidas", diz ministro irlandês