"Recentemente o vosso acolhimento foi mais uma vez demonstrado, desta vez no trágico contexto da guerra. Nestes meses, muitas das vossas famílias, paróquias e instituições receberam mães ucranianas com filhos que foram forçadas a separar-se para cuidarem das suas famílias num local seguro", afirmou o papa num discurso dirigido aos peregrinos da Eslováquia, que hoje foram recebidos no Vaticano.
O papa Francisco acrescentou que "são testemunhas de como a guerra traz violência aos laços familiares, priva as crianças da presença dos seus pais, da escola e deixa os avós abandonados".
"Exorto-vos a continuar a rezar e a trabalhar pela paz, que é construída na nossa vida quotidiana, também com estes gestos de caridade acolhedora. E sei que é solidário não só com os seus irmãos e irmãs vizinhos, mas também com aqueles que estão longe, como os de Cuba", frisou.
No final da audiência, o papa Francisco pediu desculpas ao grupo de fiéis por ter de recebê-los sentados devido ao problema que sofre numa perna.
"Agora vou te dar a bênção e vamos rezar juntos para que o senhor vos abençoe. E depois vou cumprimentá-los, mas há um problema: essa perna não está boa, não funciona, e o médico pediu que eu não ande", disse, acrescentando que gosta de caminhar, mas que desta vez tem de obedecer ao médico.
O pontífice, de 85 anos, sofre de um problema na perna direita que o impede de andar e de ficar em pé por longos períodos.
Em 25 de fevereiro, a Santa Sé confirmou que o papa sofria de gonalgia aguda, dores do tipo reumática no joelho, para as quais se recomendava mais repouso, tendo que suspender uma viagem a Florença e impedido de presidir às cerimónias de quarta-feira de cinzas, na semana da Páscoa.
No início de abril, durante sua viagem apostólica a Malta, o papa Francisco não conseguiu descer pela primeira vez as escadas do avião e recorreu a um elevador.
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