Kuleba pede armas a Portugal e revela quanto custará reconstruir Ucrânia
País precisará de "centenas de milhares de milhões de dólares" para se reerguer, relatou o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros.
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Mundo Guerra na Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, deu uma entrevista à SIC Notícias, há cerca de três dias, e que foi transmitida este domingo, onde reforçou o pedido de mais armas para combater os invasores que se encontram no país há 67 dias.
Kuleba abordou ainda a ida do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, agradecendo o "esforço por encontrar soluções", nomeadamente no que diz respeito a Mariupol. "A Rússia quer matá-los a todos", afirmou o ministro.
Nuno Rogeiro, jornalista e comentador da SIC, questionou Kuleba sobre o que pensa que será diferente, uma vez que a Rússia alega que nada se passa em Azovstal.
Kuleba sublinhou de imediato: "A Rússia mente quando diz que nada se passa em Azovstal. Azovstal está a ser bombardeada todos os dias e morrem soldados e civis. Conseguiram refugiar-se na fábrica de Azovstal. Devem compreender que Azovstal não é apenas um edifício, é uma cidade dentro de uma cidade e a Rússia continua a atacá-la, querem destruir este último reduto da resistência ucraniana em Mariupol".
O ministro continuou, afirmando que tentaram tudo para chegarem a um acordo e, daí, a importância da ida de António Guterres a Kyiv.
Reconstruir a Ucrânia? "Centenas de milhares de milhões de dólares"
Sobre o custo de reconstrução da Ucrânia, Dmytro Kuleba afirmou que estamos a falar de "centenas de milhares de milhões de dólares". "Conseguimos manter o país a funcionar. Tudo funciona, supermercados funcionam, bancos funcionam, telemóveis funcionam. Isto teve um custo. Foi preciso muito esforço para manter o país à tona", começa por explicar o ministro explicando que a Rússia continua a destruir sistematicamente a economia ucraniana.
O que Portugal pode fazer?
Quanto a Portugal, o ministro ucraniano pede que continue a apoiar a Ucrânia, nomeadamente nas Nações Unidas, na aprovação de resoluções relacionadas com a ofensiva russa.
O ministro salientou ainda a importância do país manter o apoio no reforço de sanções à Rússia e "o mais importante" é "fornecer à Ucrânia todo o armamento necessário". "Partilhámos com Portugal a lista do que precisamos que inclui, entre outras coisas, blindados, mísseis antinavios e veículos de combate", aponta.
A Ucrânia vive hoje o 67.º dia de guerra. Ontem, sábado, foram retirados de Mariupol 46 civis e este domingo espera-se que as evacuações continuem a ocorrer.
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