Cerca de 100 civis retirados de Azovstal. Muitos já estão em porto seguro

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Notícias ao Minuto
01/05/2022 16:32 ‧ 01/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, avançou esta tarde de domingo que um grupo de 100 civis foram retirados da siderúrgica de Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, rumo a Zaporizhzhia. A iniciativa é controlada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Cruz Vermelha, que está a conduzir uma "operação passagem segura" para resgatar os civis ainda presos no complexo siderúrgico.

"A retirada de civis de Azovstal já começou. O primeiro grupo de cerca de 100 pessoas já está a caminho da área controlada. Amanhã vamos encontrar-nos em Zaporizhzhia. Estou grato pela nossa equipa. Agora, em conjunto com as Nações Unidas, estão a trabalhar para a retirada de outros civis do complexo", adiantou o responsável, na rede social Twitter.

De acordo com a Reuters, cerca de 40 pessoas chegaram a um centro de acolhimento temporário em Bezimenne, este domingo, seguidas de outras 14 pessoas, conduzidas por veículos da ONU.

A retirada começou no dia 29 de abril, conforme diz a Sky News, que cita o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Segundo o Ministério da Defesa russo, durante a tarde de sábado, 25 civis saíram do local e, ao início da noite, um segundo grupo formado por 21 pessoas abandonou também a unidade metalúrgica, sendo transportados para Bezimenne, na região de Donetsk, cidade a leste de Mariupol.

"Todos os civis receberam alojamento, alimentação e assistência médica necessária", garantiram as autoridades russas, que não especificam a localidade para onde foi levado o primeiro grupo de 25 pessoas.

Na fábrica de Azovstal, cerca de mil civis estão refugiados com outros dois mil soldados ucranianos que ainda resistem aos bombardeamentos russos, havendo ainda a registar cerca de 500 feridos.

A Rússia deu a cidade de Mariupol como "libertada" e começou a enviar tropas para a região de Donbass, no leste do país, de acordo com as informações veiculadas pelo Estado-Maior da Ucrânia e confirmadas também pelo Pentágono.

Além disso, o presidente russo decretou que a fábrica não deveria ser atacada, mas disse que o bloqueio às instalações teria de ser rígido ao ponto de "nem uma mosca conseguir sair".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Nações Unidas. "Operação passagem segura" para resgatar civis de Mariupol

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