"Tanto os ucranianos quanto os russos querem ajuda para exportar cereais", disse Recep Tayyip Erdogan aos órgãos de comunicação social depois de terminar a oração do Ramadão numa mesquita de Istambul.
O líder islâmico indicou que o seu assessor Ibrahim Kalin e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Onal Sedat, reuniram-se no sábado em Kyiv com as autoridades ucranianas e que transmitiram uma série de "desejos", sem concretizar.
"Provavelmente, teremos uma reunião com Putin esta semana", disse Erdogan.
O presidente Erdogan também insistiu na sua oferta, feita inúmeras vezes desde o início da agressão russa contra a Ucrânia, para que Putin e Zelensky se encontrem na Turquia, sublinhando que o seu país será o lugar onde "serão dados passos em relação a (uma solução) no leste da Ucrânia".
O presidente turco disse ainda que a cimeira poderá ocorrer em Istambul ou Ancara.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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