Suécia adere a 'vaga' de reabertura de embaixadas europeias em Kyiv

A Suécia anunciou hoje a reabertura da sua embaixada em Kyiv, em sinal de apoio à Ucrânia contra a invasão russa do país, na sequência do regresso à capital ucraniana de diplomatas de vários outros países europeus.

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Lusa
02/05/2022 21:06 ‧ 02/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Na quarta-feira, a embaixada da Suécia reabrirá em Kyiv (...) A Suécia continuará a estar ao lado da Ucrânia", escreveu a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, na rede social Twitter, agradecendo à Polónia, que acolheu a representação diplomática sueca durante quase dois meses.

Hoje de manhã, o MNE dinamarquês, Jeppe Kofod, reabriu, ele mesmo, a embaixada do seu país na capital ucraniana, por ocasião de uma visita não-agendada ao país em guerra.

"É um símbolo muito forte do apoio dinamarquês à Ucrânia e ao povo ucraniano reabrir as portas da embaixada da Dinamarca hoje", declarou Kofod num comunicado.

Como outras, a embaixada dinamarquesa tinha encerrado devido à falta de segurança, e os diplomatas, depois de terem tido uma representação temporária em Lviv, no oeste do país, tinham abandonado a Ucrânia no final de fevereiro.

O primeiro dos países nórdicos a reabrir a embaixada, esta funcionará inicialmente com um número reduzido de pessoas, estando previsto que regresse gradualmente a um efetivo normal, segundo Copenhaga.

Com a concentração do exército russo na frente leste da Ucrânia e a sua retirada dos arredores de Kiev desde o fim de março, a situação da segurança melhorou na capital ucraniana.

A diplomacia norte-americana também anunciou hoje que espera que os representantes dos Estados Unidos regressem à embaixada de Kyiv, de onde partiram em fevereiro, dias antes do início da invasão russa, "até ao final do mês".

"Temos grande esperança de que as condições nos permitam regressar a Kyiv até ao final do mês", disse a encarregada de negócios dos EUA Kristina Kvien, numa conferência de imprensa em Lviv.

A embaixadora do Reino Unido na Ucrânia, Melinda Simmons, regressou na passada sexta-feira a Kyiv para em breve reabrir a representação britânica.

"Foi uma viagem longa, mas valeu a pena fazê-la. É bom estar novamente em Kiev", escreveu a diplomata, que se mudou para Lviv a 18 de fevereiro, na sua conta da rede social Twitter.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha anunciado na semana anterior que o Reino Unido iria reabrir a sua missão em Kyiv devido ao êxito do exército e do povo ucranianos no combate à invasão russa.

Johnson adiantou, em declarações feitas durante uma viagem à Índia, que o dia da reabertura ia "depender da situação de segurança", e explicou que até agora o pessoal diplomático do Reino Unido permaneceu no oeste da Ucrânia para prestar apoio humanitário, após o início do conflito.

O Reino Unido juntou-se assim a outros países que reabriram as suas embaixadas em Kyiv ou fá-lo-ão nos próximos dias, num gesto de apoio à antiga república soviética na sua tentativa de resistir ao avanço das tropas russas no país.

Também o Governo neerlandês anunciou na passada sexta-feira a reabertura nesse mesmo dia da embaixada dos Países Baixos em Kiev, com uma "pequena equipa" e num gesto descrito como um "sinal diplomático" de apoio à Ucrânia.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia - condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 68.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.153 civis morreram e mais de 3.000 ficaram feridos, sublinhando que os números reais de vítimas poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

Leia Também: Líder do Exército russo esteve na frente de combate no Donbass

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