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Panamá acolherá banco de dados do programa de observação da Terra da UE

O Panamá vai acolher o banco de dados do Copernicus, o programa europeu de observação da Terra para recolher dados precisos para melhorar a gestão ambiental e reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

Panamá acolherá banco de dados do programa de observação da Terra da UE
Notícias ao Minuto

06:33 - 03/05/22 por Lusa

Mundo UE

"O Panamá terá o privilégio de ser a base digital da Europa", disse, na segunda-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros do país, Erika Mouynes.

O banco de dados do Copernicus vai permitir ao Panamá "fornecer dados e partilhar informações com toda a América Central e Caraíbas", acrescentou a diplomata, numa conferência de imprensa em que também participou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

"O Panamá não é apenas um polo aeronáutico, será também um [polo] tecnológico com a implantação das bases do Copernicus na região", disse Borrell.

"Esta é uma iniciativa de magnitude extraordinária, com benefícios sem precedentes para a área, incluindo na gestão ambiental e na resposta rápida a desastres naturais", disse Erika Mouynes.

A América Central é uma das áreas do mundo mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, nomeadamente através de secas prolongadas e chuvas excessivas sentidas nos últimos anos em países como Honduras, Nicarágua e Guatemala.

O Copernicus analisa o planeta através de uma rede de mais de 30 satélites da União Europeia. É coordenado e gerido pela Comissão Europeia e executado em parceria com os Estados-membros e a Agência Espacial Europeia, entre outras instituições.

O programa reúne dados em áreas como gestão de território, meio marinho, atmosfera, resposta em situações de emergência, segurança e alterações climáticas.

Em março, o Copernicus foi usado para detetar "qualidade do ar degradada" em grandes áreas de Portugal, Espanha e França devido à passagem de uma grande nuvem de poeira do deserto do Saara vinda do norte de África.

Em janeiro, o serviço produziu imagens do espaço para avaliar o alcance da destruição em Tonga, na sequência da erupção do vulcão HungaTonga Hunga Ha'apai e de um tsunami com ondas de 15 metros, em que várias ilhas do arquipélago do Pacífico foram devastadas.

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