Depois de novas críticas da diplomacia russa sobre a Ucrânia e Israel, o conselheiro do presidente ucraniano, Mikhaylo Podolyak, questionou ironicamente, esta terça-feira, as acusações de antissemitismo feitas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.
Lavrov, que já fizera comparações entre Volodymyr Zelensky e Adolf Hitler devido à ascendência judaica do ucraniano, e foi altamente vaiado por Israel por isso, voltou à carga esta manhã.
O russo disse que Israel apoia "neonazis ucranianos" e voltou a acusar o governo de Naftali Bennett de antissemitismo.
No Twitter, Podolyak fez "apenas uma pergunta" ao governo russo. "Há algum país não-nazi no mundo inteiro do ponto de vista da Rússia?", questionou, acrescentando as exceções da "Síria, Bielorrússia e Eritreia, claro".
After the Kremlin claimed that Israel (!) supports Nazism, I have just one question. Is there any non-Nazi country in the whole world in Russia’s point of view? Except Syria, Belarus and Eritrea, of course.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 3, 2022
A Rússia tem usado o argumento da "desnazificação" como justificação para invadir a Rússia, vincando a presença de grupos neonazis, como os extremistas do Batalhão de Azov, nas forças armadas ucranianas.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.100 mortos entre a população civil. No entanto, a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
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