EUA dizem que não vão informar Kyiv da localização de comandantes russos

O Pentágono disse hoje que só faculta informações de inteligência à Ucrânia para "defender o país" e não sobre a localização de comandantes russos no terreno.

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Lusa
06/05/2022 06:20 ‧ 06/05/2022 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

Foi desta forma que o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, reagiu numa conferência de imprensa sobre um artigo do The New York Times, no qual se afirma que os serviços de inteligência norte-americanos transmitiram à Ucrânia dados que permitiram localizar e eliminar uma dúzia de generais russos.

A ajuda de inteligência permitiu que o Exército ucraniano selecionasse os seus alvos no teatro de operações militares em tempo real, segundo o jornal nova-iorquino, que citou altos funcionários dos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos fornecem informações sobre o campo de batalha para ajudar os ucranianos a defender o seu país... nós não facultamos informações sobre a localização de líderes militares de alto escalão no campo de batalha, nem participamos nas decisões sobre o que atacar", apontou John Kirby.

O porta-voz do Pentágono indicou que as Forças Armadas da Ucrânia têm mais informações de inteligência do que as disponíveis nos Estados Unidos.

"Esse é o país deles, o território deles e eles são capazes de recolher inteligência por conta própria", ressaltou.

Questionado se o Departamento de Defesa norte-americano considera as informações publicadas pelo The New York Times "falsas", John Kirby evitou responder e disse que não entraria em detalhes sobre a partilha de dados de inteligência.

De acordo com o jornal, os Estados Unidos alegadamente terão ajudado a Ucrânia a antecipar movimentações das tropas russas e pormenores sobre a localização do quartel-general móvel do Exército russo.

O The New York Times indica que, em conjunto com informações recolhidas pelo Exército ucraniano graças à interceção de comunicações russas, foi possível localizar oficiais russos de alta patente e lançar ataques de artilharia contra as suas posições.

Leia Também: Kyiv. Diplomatas acusam Rússia de "desprezar" ONU após ataque "chocante"

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