O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia garantiu que não usará armas nucleares na Ucrânia, apesar dos avisos da inteligência norte-americana sobre essa ser uma ameaça a ter em conta.
O porta-voz do ministério russo, Alexei Zaitsev, disse aos jornalistas, citado pela Reuters, que essa não é a intenção do Kremlin, na sua "operação militar especial".
No mês passado, o diretor da CIA, William Burns, avisou que os percalços e parcos avanços sentidos pelas tropas russas na Ucrânia obriga a que não seja possível "encarar com leviandade a ameaça de um potencial recurso a armas nucleares táticas ou armas nucleares de baixo rendimento".
Ao longo da guerra, a Rússia tem ameaçado mobilizar armas nucleares em regiões fronteiriças, nomeadamente no enclave de Kaliningrado, como resposta às sanções da União Europeia e às aproximações dos países nórdicos à NATO.
Em março, dois aviões que invadiram o espaço aéreo da Suécia carregavam armas nucleares. Na altura, fontes disseram à televisão sueca TV4News que os russos não fizeram questão de esconder as armas nucleares a bordo, afirmando que a ação de as carregar "foi algo que os pilotos russos mostraram claramente".
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.200 mortos entre a população civil. No entanto, a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
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