Os Estados Unidos anunciaram este domingo, dia 8 de maio, um novo pacote de sanções com o objetivo de punir Moscovo pela invasão russa à Ucrânia.
O pacote inclui sanções para os três maiores canais de televisão russos, ligados ao Kremlin, e um compromisso de todos os membros do G7 de eliminarem gradualmente as importações de petróleo russo de forma a reduzirem a dependência energética da Rússia.
As novas sanções dirigidas a canais de televisão russos - Joint Stock Company Channel One Russia, Television Station Russia-1, e Joint Stock Company NTV Broadcasting Company - tirarão aos meios de comunicação controlados pelo Kremlin anunciantes e tecnologia de produção dos EUA e proibirão a Rússia de usar serviços fornecidos pelos EUA, como gestão ou consultoria corporativa e contabilidade.
"Empresas privadas respeitáveis não devem fornecer receita ao regime russo ou às suas afiliadas que alimentam a máquina de guerra russa", descreve a declaração oficial da Casa Branca fazendo referência à arma de guerra russa, a propaganda do Kremlin.
Serão também impostos novos controlos de exportação no setor industrial russo e serão aplicadas 2.600 restrições de visto para autoridades russas e bielorrussas.
Além disto, serão aplicadas as primeiras sanções contra executivos do Gazprombank – a instituição através da qual a maior parte da Europa compra gás russo.
"Tomaremos medidas para proibir ou impedir a prestação de serviços essenciais dos quais a Rússia depende. Isso reforçará o isolamento da Rússia em todos os setores de sua economia", descreve a mesma declaração.
"Bancos russos ligados à economia global e sistemicamente críticos para o sistema financeiro russo" também serão afetados pelas sanções numa tentativa de garantir que a Rússia tem menos capacidade de financiamento da guerra. O Banco Central e as maiores instituições financeiras russas são os principais visados.
Também as elites que apoiem o presidente Vladimir Putin serão alvo de sanções.
“Isto já é um fracasso para Putin, e vamos continuar a honrar a brava luta que está a acontecer pelo povo da Ucrânia e a ouvir o presidente Zelensky”, disse um alto funcionário do governo dos EUA à comunicação social antes da reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, líderes do G7 e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
[Notícia atualizada às 17h40]
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