A presidente da Comissão Europeia fez, esta segunda-feira, uma viagem rápida a Budapeste para se encontrar com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, e, apesar de afirmar que foi feito "progresso", Ursula von der Leyen deixou de lado a confirmação de um acordo com a Hungria.
O governo húngaro tem sido intransigente no seu veto à proposta da Comissão Europeia de embargar as importações de petróleo russo, incluindo um possível pacote de sanções que permitira à Hungria e à Eslováquia abandonar apenas nos próximos anos a dependência da energia russa.
Através do Twitter, a presidente da Comissão Europeia escreveu que a conversa com Órban foi "útil para clarificar as questões relacionadas com as sanções e a segurança energética".
No entanto, "é necessário mais trabalho" com o governo húngaro, admitiu.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 9, 2022
We made progress, but further work is needed. I will convene a VC with regional players to strengthen regional cooperation on oil infrastructure.
Von der Leyen acrescentou ainda que irá reunir por videoconferência com os "atores regionais para fortalecer a cooperação regional na infraestrutura petrolífera".
Desde o início da guerra que a União Europeia tem aprovado uma série de pacotes de sanções com vista a reduzir a dependência energética nas importações provenientes da Rússia e, simultaneamente, impactar a economia russa. A Comissão já aprovou um embargo às importações de carvão e procura agora libertar-se do petróleo russo.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 3.300 mortos na população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que adverte que o número real de baixas poderá ser muito maior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelas tropas russas.
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