Washington Post conquista Pulitzer pela cobertura da invasão do Capitólio

O jornal Washington Post recebeu, esta segunda-feira, o prémio Pulitzer pelo jornalismo de serviço público prestado através da extensa cobertura da invasão do Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.

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© Tayfun Coskun/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
10/05/2022 06:50 ‧ 10/05/2022 por Lusa

Mundo

Capitólio

Num ano agitado, marcado pelo fim da guerra mais longa dos Estados Unidos, no Afeganistão, foi destacado o ataque à democracia em solo norte-americano, quando apoiantes de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.

A extensa reportagem do Post, publicada através de uma sofisticada série interativa, encontrou vários problemas e falhas nos sistemas políticos e de segurança, antes e depois do motim.

Entre as falhas mais significativas estavam que as forças de segurança não responderam com urgência aos alertas para potencial violência.

O jornal divulgou que a sua reportagem sobre o que antecedeu o ataque, o tumulto em si e as consequências foi baseada em entrevistas com mais de 230 pessoas, milhares de páginas de documentos judiciais e relatórios policiais internos e centenas de vídeos, fotografias e áudios.

O ataque ao Capitólio também resultou num prémio para a Getty Images, que conquistou um dos dois prémios destinados a fotografias de notícias de última hora.

Os Prémios Pulitzer, administrados pela Universidade de Columbia e considerados os mais prestigiados do jornalismo norte-americano, reconhecem trabalhos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de artes.

O Tampa Bay Times ganhou o prémio de reportagem de investigação, com o trabalho "Poisoned", que produziu uma análise aprofundada a uma fábrica de chumbo poluente.

O Miami Herald conquistou o prémio de notícias de última hora pelo seu trabalho na cobertura no acidente mortal após o colapso da torre do condomínio Surfside, na Florida, que resultou na morte de 98 pessoas.

O Herald foi citado pelo painel do Pulitzer por uma cobertura "urgente, mas abrangente", enquanto o jornal destacou que colocou "o coração nas notícias de última hora e na cobertura diária".

Já a The Better Government Association e o Chicago Tribune ganharam o prémio de reportagem local pelo trabalho "Deadly Fires, Broken Promises", sobre a falta de aplicação das normas de segurança contra incêndio.

O New York Times recebeu o Pulitzer de reportagem internacional, por uma série de artigos sobre ataques aéreos dos EUA na Síria, Iraque e Afeganistão e padrões de falhas que levaram à morte de civis.

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