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Parlamento lituano classifica ações da Rússia como genocídio

O Parlamento lituano (Seimas) aprovou hoje, por unanimidade, uma resolução que reconhece as ações cometidas pelas tropas russas na Ucrânia como genocídio e a Rússia como Estado terrorista.

Parlamento lituano classifica ações da Rússia como genocídio
Notícias ao Minuto

15:09 - 10/05/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"O Seimas reconhece a agressão armada em larga escala - guerra - pelas forças armadas da Rússia e os seus líderes políticos e militares contra a Ucrânia a partir de 24 de fevereiro de 2022 como um genocídio contra o povo ucraniano", afirma a resolução, citada pelo portal de notícias Delfi.

O documento, aprovado pelos 128 deputados do Seimas, avaliou que as forças armadas e mercenários russos cometeram crimes de guerra maciços no território da Ucrânia, em particular nas cidades de Bucha, Irpin, Mariupol, Borodianka e Gostomel.

O texto também afirma que a Rússia, "cujas forças militares atacam deliberada e sistematicamente alvos civis para bombardeá-los, é um Estado que apoia e pratica o terrorismo".

O documento também enfatiza que todos os agressores devem ser responsabilizados e que a comunidade internacional deve criar um Tribunal Penal Internacional Especial para investigar e avaliar os crimes de agressão russa contra o Estado soberano da Ucrânia.

A resolução foi adotada após uma intervenção no Seimas da vice-presidente do Parlamento da Ucrânia (Verkhovna Rada), Olena Kondratiuk.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Apoio "inabalável" do Conselho da Europa a Kyiv face às "violações"

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