"O Seimas reconhece a agressão armada em larga escala - guerra - pelas forças armadas da Rússia e os seus líderes políticos e militares contra a Ucrânia a partir de 24 de fevereiro de 2022 como um genocídio contra o povo ucraniano", afirma a resolução, citada pelo portal de notícias Delfi.
O documento, aprovado pelos 128 deputados do Seimas, avaliou que as forças armadas e mercenários russos cometeram crimes de guerra maciços no território da Ucrânia, em particular nas cidades de Bucha, Irpin, Mariupol, Borodianka e Gostomel.
O texto também afirma que a Rússia, "cujas forças militares atacam deliberada e sistematicamente alvos civis para bombardeá-los, é um Estado que apoia e pratica o terrorismo".
O documento também enfatiza que todos os agressores devem ser responsabilizados e que a comunidade internacional deve criar um Tribunal Penal Internacional Especial para investigar e avaliar os crimes de agressão russa contra o Estado soberano da Ucrânia.
A resolução foi adotada após uma intervenção no Seimas da vice-presidente do Parlamento da Ucrânia (Verkhovna Rada), Olena Kondratiuk.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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