Xi Jinping pede a França para promover "perceção correta" da China na UE
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que promova uma "perceção correta" da China na União Europeia (UE) e evite o confronto entre blocos, que considerou representar uma ameaça à segurança e estabilidade.
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Mundo Diplomacia
Em conversa telefónica, a primeira desde a reeleição de Macron, no mês passado, Xi transmitiu ao seu homólogo querer que a França "incentive uma perceção correta da China na UE e trabalhe na mesma direção, gerindo diferenças e construindo uma maior cooperação comercial e de desenvolvimento 'verde' e digital".
De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Xi Jinping também expressou a Macron esperança de que França -- enquanto país que detém a presidência rotativa do bloco europeu - desempenhe um papel positivo no desenvolvimento das relações China-UE.
Os dois chefes de Estado também falaram sobre a situação na Ucrânia e concordaram, segundo o comunicado, que o caminho da paz tem de ser sustentado por negociações.
Xi reiterou que a China "trabalha à sua maneira" para promover negociações de paz e que o seu país apoia os países europeus na tentativa de manter a segurança da Europa "nas suas próprias mãos".
Macron, de acordo com a versão das autoridades chinesas, destacou as "muitas questões em que o seu país e o gigante asiático coincidem" em relação à Ucrânia e afirmou que França está disposta a aumentar a coordenação e cooperação com a China tanto a nível bilateral como multilateral.
O presidente chinês também pediu ao seu homólogo francês um diálogo para identificar prioridades de cooperação bilateral nos próximos cinco anos e propôs aumentá-la em áreas como inteligência artificial e energia limpa, além de expandi-la no espaço, na energia nuclear com usos civis e de aviação.
A China também quer que ambos os países aumentem a comunicação e coordenação no G20 -- as 19 maiores economias do mundo mais a UE -, no domínio da segurança alimentar e energética e na cooperação triangular em África, entre outras questões.
A última conversa entre os presidentes chinês e francês tinha decorrido no início de março passado, através de uma videoconferência na qual participou também o chanceler alemão, Olaf Scholz, e que teve como foco a guerra na Ucrânia.
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