"Visitei um centro de acolhimento, onde à chegada (os refugiados) têm acesso a serviços como assistência jurídica e assistência médica", escreveu Guterres no Twitter, onde também publicou várias imagens da visita feita àquele que é um dos países mais procurados por quem foge da guerra na Ucrânia.
Guterres destacou "a generosidade e a solidariedade" do povo moldovo para com os refugiados ucranianos e assegurou que "a ONU está a aumentar o seu apoio" ao país para que este possa ultrapassar a "crise humanitária".
O secretário-geral agradeceu também ao povo moldovo e aos funcionários da ONU por manterem em funcionamento o centro de acolhimento e por "torná-lo possível".
Horas antes, o secretário-geral reuniu-se com a Presidente da Moldova, Maia Sandu, que na segunda-feira tinha cancelado falar à comunicação social por motivos de saúde.
Na rede social Facebook, Sandu acrescentou que tinha discutido com Guterres um programa de cooperação com a ONU que estabelece as prioridades para os próximos cinco anos e está concentrado em fomentar o Estado de direito, a democracia e o nível de vida da população.
Na véspera da visita à Moldova, o secretário-geral apelou à Rússia e à Ucrânia que agilizassem as negociações para chegar a um acordo pacífico do atual conflito, em conformidade com o direito internacional.
"Peço à Rússia e à Ucrânia para ativarem os esforços diplomáticos através do diálogo com o objetivo de chegarem urgentemente a um acordo negociado. As armas devem ser silenciadas", disse numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra moldova, Natalia Gavrilita.
O diplomata português insistiu que a Rússia ponha um fim às ações militares no país vizinho, expressando a sua "profunda preocupação" pela continuação e possível propagação do conflito e considerando inimagináveis as consequências de uma escalada na Ucrânia.
Depois de um general russo ter assumido que Moscovo está a considerar passar a fronteira da região separatista moldova da Transnístria, Guterres defendeu a integridade territorial da Moldova.
"A soberania, independência e integridade territorial da Moldova, bem como os sólidos progressos alcançados nas últimas três décadas, não devem ser ameaçados ou comprometidos", ressalvou.
O secretário-geral apelou ainda à comunidade internacional para ajudar Chisinau a enfrentar a onda de refugiados. O país já acolheu proporcionalmente o maior número de refugiados ucranianos, - quase meio milhão de pessoas -, relativamente à sua população, que não chega aos 3 milhões.
"É, de longe, o país mais afetado pela guerra. Tem tido um impacto devastador na sua economia", afirmou Guterres, lembrando que a Moldova é um país sem litoral e não é membro da União Europeia.
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