O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, revelou que conversou esta sexta-feira com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a quem transmitiu que “deve haver um cessar-fogo na Ucrânia o mais depressa possível”.
“Três coisas do longo telefonema de hoje com Putin: Deve haver um cessar-fogo na Ucrânia o mais depressa possível. A afirmação de que os nazis governam ali é falsa. E salientei a responsabilidade da Rússia pela situação alimentar global”, escreveu na rede social Twitter.
Drei Dinge aus meinem heutigen langen Telefonat mit #Putin: Es muss schnellstmöglich einen Waffenstillstand in der #Ukraine geben. Die Behauptung, dass dort Nazis herrschen, ist falsch. Und ich habe ihn auf die Verantwortung Russlands für die globale Lebensmittellage hingewiesen.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) May 13, 2022
Sublinhe-se que os países do G7 -Estados Unidos da América, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Japão e Alemanha - reuniram-se ontem e hoje para discutir a segurança alimentar mundial, na sequência da invasão russa da Ucrânia, e para ajudar Kyiv a exportar os seus produtos.
Na sua intervenção, o ministro da Agricultura alemão abordou o alegado roubo de cereais ucranianos por tropas russas e descreveu o ato como “repugnante”. "A Rússia está a roubar e confiscar bens e cereais do leste da Ucrânia", afirmou Cem Özdemir, sublinhando que "esta é uma maneira particularmente repugnante de travar uma guerra".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 3.500 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais cerca de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
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