"O Irão deve decidir se insiste nas condições que nada têm a ver" com o nuclear "ou se pretende concluir um acordo rapidamente", disse um porta-voz da diplomacia norte-americana em declarações à agência noticiosa AFP.
"Nós e os nossos parceiros estamos prontos, já há algum tempo. A bola está no campo do Irão", acrescentou.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou hoje que a visita "muito positiva" esta semana a Teerão do seu enviado Enrique Mora permitiu relançar as conversações que estavam "em ponto morto". As negociações "foram retomadas" e "existe uma perspetiva de garantir um acordo final", disse em Wangels, norte da Alemanha, onde participa numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.
"Agradecemos, como sempre" a enrique Mora "e à sua equipa pelos seus esforços e aguardamos ansiosamente contactos mais detalhados com eles", assegurou o porta-voz norte-americano. "Dito isto, na atual situação o acordo está longe de adquirido", relativizou.
As negociações iniciadas há um ano em Viena entre Teerão e as grandes potências destinam-se a recuperar o texto de 2015 que enquadra o programa nuclear iraniano, moribundo desde a retirada unilateral em 2018 dos Estados Unidos no decurso da administração de Donald Trump, que reimpôs draconianas sanções ao Irão, e que em resposta promoveu um progressivo afastamento do acordo.
Em Teerão, envolvido em esforços para relançar o acordo de 2015, esteve também o emir do Qatar, Tamim ben Hamad Al Thani.
O emir do Qatar, que quinta-feira chegou a Teerão para uma visita de um dia, encontrou-se com o guia supremo do Irão Ali Khamenei e o Presidente iraniano Ebrahim Raissi, enquanto Mora manteve pelo segundo dia conversações com o negociador chefe iraniano Ali Bagheri, indicou a agência noticiosa oficial Irna.
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