Em causa pode estar um crime de homicídio por negligência e de conspiração criminosa, punível com prisão perpétua ou até 10 anos de prisão, segundo avança a agência Associated Press (AP).
O edifício comercial de quatro andares onde o fogo deflagrou esta sexta-feira não estava licenciado pelos bombeiros e não tinha equipamentos de segurança contra incêndios, como extintores, segundo indicou Atul Garg, diretor do corpo de bombeiros de Deli.
O incêndio resultou na morte de 27 pessoas, tendo mais de 40 ficado feridas, segundo os media locais.
Aos jornalistas Atul Garg precisou que o fogo começou no primeiro andar do prédio tendo-se espalhado rapidamente para outras áreas onde estavam armazenados o material plástico inflamável usado para fabricar equipamentos, incluindo câmaras de vigilância, e grandes quantidades de papel para embalagens.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, já manifestou as condolências pelo incidente, anunciando uma ajuda de 200.000 rupias (cerca de 2.480 euros) para as famílias das vítimas e de 50.000 rupias (cerca de 620 euros) para os feridos, noticia a agência Efe.
Estes tipos de fogos são comuns na Índia devido a más práticas na indústria da construção e à falta de conformidade com os regulamentos de segurança.
Um dos acidentes mais recentes, em março, resultou na morte de pelo menos 11 pessoas após um incêndio, causado por um curto-circuito, num armazém de madeira, no estado de Telangana.
Segundo os últimos dados oficiais, de 2020, registaram-se 9.329 incêndios acidentais na Índia em prédios governamentais, escolas, residências e outros locais, tendo mais de uma centena destes ocorrido em fábricas. Cerca de 9.110 pessoas morreram e 468 ficaram feridas.
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