"França, saia!" e "não à colonização" foram algumas das palavras de ordem ouvidas por um jornalista da AFP.
De acordo com os relatos da AFP, os manifestantes queimaram pelo menos duas bandeiras da antiga potência colonial e vandalizaram várias estações de serviço da Total, 'símbolo' de França, arrancando bombas e levando certos produtos expostos, segundo a mesma fonte.
Esta manifestação, organizada pela plataforma de oposição da sociedade civil Wakit Tamma, foi autorizada pelas autoridades.
Em 20 de abril de 2021, o exército anunciou que o presidente do Chade Idriss Déby Itno, à frente do país durante 30 anos, tinha morrido.
No mesmo dia, o seu filho Mahamat Idriss Déby Itno, um general de 37 anos, foi proclamado pelo exército como "presidente de transição", à frente de uma junta composta por 15 generais.
Esta junta tinha sido apoiada pela comunidade internacional, liderada por França, União Europeia (UE) e União Africana (UA).
Em junho do ano passado, o chefe de Estado chadiano disse que previa uma extensão da transição se os chadianos não "conseguissem dar-se bem" e entregar a "Deus" o seu "destino" pessoal durante as eleições.
O Presidente francês disse, no passado dia 06 de maio, esperar que o diálogo nacional no Chade pudesse ser realizado "dentro de um curto espaço de tempo", e ofereceu apoio de França, durante um telefonema com o presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno.
Emmanuel Macron "saudou o empenho do seu interlocutor na realização do diálogo nacional, em condições inclusivas e num curto espaço de tempo", informou o Eliseu na altura.
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