"Estou confiante de que no fim encontraremos uma solução e a Finlândia e a Suécia serão membros" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), disse Haavisto, em Berlim, antes de uma série de discussões com os membros da aliança atlântica, incluindo a Turquia.
O ministro finlandês e a sua homóloga sueca, Ann Linde, querem aproveitar a reunião da NATO, que decorre até domingo em Berlim, para se reunirem com o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, e tentar levantar a oposição manifestada por Ancara relativamente à adesão dos dois países nórdicos.
Recep Tayyip Erdogan considerou na sexta-feira "um erro" a entrada dos dois países na NATO, acusando a Suécia e a Finlândia de "albergarem terroristas do PKK", o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerada organização terrorista por Ancara, mas também pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
A entrada de um novo Estado-membro na NATO requer unanimidade, o que significa que a Turquia poderá bloquear a adesão dos dois países escandinavos, cuja candidatura deverá ser formalizada nos próximos dias.
O Presidente da Finlândia ligou hoje ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para o informar da iminente candidatura.
Referindo-se a essa conversa telefónica, o ministro finlandês considerou "muito importante" que o seu país "comunique com o seu vizinho", mas garantiu que "não foi pedida qualquer autorização".
A invasão da Ucrânia por Moscovo, em 24 de fevereiro, fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia no sentido de uma adesão à NATO, vista agora como uma proteção contra uma eventual agressão russa.
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