A antiga primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, voltou a alimentar a possibilidade de Donald Trump se recandidatar à presidência do país em 2024, depois de sugerir que consideraria voltar à Casa Branca.
Em entrevista à televisão conservadora Fox News, a primeira desde que Trump saiu de funções, Melania enalteceu a presidência do marido, afirmando que o seu mandato "conseguiu fazer muito em quatro anos".
Questionada sobre se gostaria de voltar à Casa Branca, a antiga modelo, nascida na Eslovénia, respondeu simplesmente: "Nunca digas nunca".
Donald Trump continua a fazer parte da política conservadora norte-americana, influenciando a nomeação de candidatos republicanos para as eleições intercalares (ou 'Midterms'), que se realizam em novembro deste ano.
O antigo presidente perdeu as eleições de 2020 para Joe Biden, apesar de continuar a alegar que a eleição foi roubada em estados cruciais - apesar destas alegações não terem sido confirmadas por nenhuma entidade oficial. Trump abandonou a Casa Branca pouco depois do ataque ao Capitólio, que foi invadido por apoiantes seus depois de um comício em frente à residência oficial do presidente norte-americano (o antigo líder do país está a ser investigado judicialmente sobre a influência que teve no ataque).
Melania Trump aproveitou a entrevista para criticar o mandato de Joe Biden, afirmando na entrevista que "é triste ver o que se está a passar". "Acho que muitas pessoas estão em dificuldades, e a sofrer também com o que se passa no mundo. Portanto é muito triste de ver e espero que isso mude rapidamente", disse.
Na entrevista à Fox News, um canal que assume o enviesamento político em relação ao antigo presidente, a antiga primeira-dama recordou outra publicação: a Vogue. A conhecida revista de moda fez capa há cerca de um ano com a atual primeira dama, Jill Biden, retomando a tradição de entrevistar mulheres de presidentes norte-americanas que foi suspensa durante o mandato dos Trump.
"Eles são enviesados e têm os seus gostos e desgostos, isso é muito óbvio. E eu acho que é o povo americano e toda a gente vê isso. Foi a decisão deles e eu tenho coisas mais importantes para fazer do que estar na capa da Vogue", explicou Melania.
Enquanto que as primeiras-damas se envolvem em projetos sociais depois de saírem da Casa Branca, trabalhando nas comunidades e nos assuntos sobre os quais incidiram nos seus mandatos (sejam eles de quatro ou de oito anos), Melania Trump optou por se dedicar aquilo a que chama de "projetos NFT" - as imagens, ou 'tokens não-fungíveis', que são comprados com criptomoedas e cujo investimento tem caído nas últimas semanas devido a uma grave crise neste mercado.
A antiga-primeira dama colocou à venda peças de arte digitais mas, segundo a CNN Internacional, a primeira vaga de NFTs vendidos por Melania Trump não atingiu o limiar desejado dos 250 mil dólares (cerca de 239 mil euros). Melania garante que uma parte das vendas será doada a instituições de caridade - uma prática que diverge das organizações não-lucrativas criadas por antigas primeiras-damas -, mas o canal norte-americano avança que não foi possível confirmar com a equipa de Melania Trump quanto do valor angariado ficará para a anterior residente da Casa Branca.
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