Seul insta decisores a prepararem-se para perturbações dos mercados

O presidente interino sul-coreano, Choi Sang-mok, instou hoje os decisores políticos a prepararem-se para possíveis perturbações no mercado, decorrentes da imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos.

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Lusa
13/03/2025 07:07 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

A Coreia do Sul, importante produtor de metais na Ásia, absteve-se de tomar quaisquer medidas de retaliação imediatas após a entrada em vigor das taxas na quarta-feira.

 

Em vez disso, Seul enviou o ministro do Comércio a Washington para acelerar as negociações com a Administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Choi pediu o máximo esforço nas negociações com os EUA e ordenou que os funcionários garantissem que um rápido influxo de materiais de aço que não pudessem ser exportados para os EUA e outros países não causasse interrupções no mercado interno", revelou o gabinete de Choi através de um comunicado, citado pela Bloomberg.

As novas tarifas de Trump somam-se às medidas comerciais introduzidas no seu primeiro mandato, que incluíram a remoção de isenções a múltiplos países, e estendem-se a novas categorias de produtos.

O risco para as siderúrgicas de todo o mundo é que as tarifas agravem o excesso de oferta, pressionando os produtores e os governos, numa altura em que a procura da liga metálica já se encontra em dificuldades.

Pouco depois da entrada em vigor das tarifas, o ministro sul-coreano da Indústria, Ahn Duk-geun, convocou uma reunião com líderes empresariais e discutiu formas de reforçar uma resposta conjunta às tarifas dos EUA.

Seul apresentará contramedidas em resposta às novas regras norte-americanas para o comércio do aço e outras questões relacionadas com as importações, que incluirão um controlo reforçado das importações e dos esforços de evasão, afirmou o Ministério do Comércio, da Indústria e da Energia num comunicado.

"Protegeremos os interesses das nossas indústrias tanto quanto possível, reforçando ainda mais o sistema de resposta antes de as tarifas recíprocas entrarem em vigor no início de abril, tal como anunciado", afirmou Ahn.

O governante sul-coreano instou as empresas do país a entrarem em contacto com as partes interessadas dos Estados Unidos e a compartilharem detalhes dessas discussões com o governo em tempo real.

Na semana passada, Trump citou a Coreia do Sul como um país com tarifas mais injustas contra produtos norte-americanos do que a China, criticando o uso de subsídios para apoiar fabricantes de chips como a Samsung Electronics.

A Coreia do Sul refutou a afirmação, dizendo que as suas tarifas sobre as importações dos Estados Unidos ascendeu a 0,79% no ano passado, no quadro de um acordo de comércio livre que entrou em vigor em 2012.

O ministro do Comércio da Coreia do Sul vai estar em Washington esta semana para se reunir com dirigentes norte-americanos para discutir questões comerciais.

A quarta maior economia da Ásia depende fortemente do comércio para crescer, com as suas maiores empresas a gerarem a maior parte das receitas no estrangeiro.

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