Aos 51 anos, Monica Lewinsky admite: "Não foi abuso, eu queria estar ali"

Foi a protagonista de um dos maiores escândalos sexuais a nível mundial. Três décadas depois partilhou a forma como hoje vê aquilo que passou.

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© Getty Images/Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

Notícias ao Minuto
12/03/2025 09:31 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Escândalo sexual

Foi na década de 90 que Monica Lewinsky, então com apenas 24 anos, foi catapultada para os holofotes da fama. Em causa estava uma alegada relação sexual entre a secretária e o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que durante anos negou a relação.

 

A jovem, que achava estar a viver uma história de amor, rapidamente se viu envolvida num dos maiores escândalos mundiais, e o seu nome, segundo a própria admite, acabou por ficar manchado para sempre.

Numa entrevista recente à revista Rolling Stones, a norte-americana diz que finalmente conseguiu "alcançar a estabilidade" de que precisava.

"Hoje com 51 anos penso que seria uma loucura ter uma relação com alguém de 24 anos", admite, mostrando que a sua perceção sobre a relação que teve com o antigo presidente dos EUA é hoje completamente diferente. Porém, também reconhece: "sempre soube que não se tratava de abuso sexual, eu queria estar ali", afirma, referindo porém que nunca se apercebeu da gravidade do que se passou.

Depois de ter sido exposta a relação, os erros sucederam-se. Monica passou a ser requisitada para falar sobre o assunto em diversos meios, nunca tendo recusado um convite. "Achei que se falasse, as pessoas iriam compreender o meu lado". Porém, não foi isso que aconteceu, e Monica acabou por ser satirizada de cada vez que falava. O suicídio chegou a passar-lhe pela cabeça.

Isso, porém, mudou em 2010, quando um jovem norte-americano tirou a própria vida na sequência de um caso de cyberbulling. "Pensei para mim: apesar de não estar a prosperar, pelo menos sobrevivi". 

Foi então que lançou 'Vergonha e Sobrevivência' e tornou-se num símbolo de resiliência e sobrevivência à humilhação pública. O movimento 'Me Too' veio também fazer a diferença. "O mundo tinha mudado e havia agora uma nova geração que não tinha passou pela lavagem cerebral mediática dos anos 90", salienta.

Assim, apesar de admitir que ainda sofre de stress pós-traumático relacionado com o escândalo, diz que está a fazer o seu trabalho de recuperação, e que hoje se sente segura em relação ao seu passado e à pessoa que se tornou.

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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos autodestrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 (Número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.

Leia Também: Hoje é notícia: Comentador apanhado em escândalo sexual; Videntes burlam

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