A proibição está relacionada com a investigação iniciada em março pelas autoridades belgas à empresa chinesa em Bruxelas, por suspeitas de vários dos seus lobistas terem participado em delitos de suborno, falsificação, lavagem de dinheiro e organização criminosa com membros do Parlamento Europeu.
"Deixámos bem claro que os representantes da Huawei já não têm acesso aos funcionários comunitários nem podem entrar no edifício", disse este porta-voz, durante uma conferência de imprensa.
Não obstante, Bruxelas aplica outro enfoque às organizações que fazem 'lobby' e que posam ter alguma relação com a empresa chinesa, de forma que, em vez de uma proibição geral, vão fazer-se análises caso a caso.
"Não é prático, nem possível" impedir a entrada no edifício de "organizações 'chapéus-de-chuva' (i.é, com uma representação alargada de interesses) com centenas de membros" e os dirigentes comunitários tão pouco querem impedir que "façam o seu importante trabalho, reunindo-se com a Comissão", relativizou.
Assim, a situação vai ser avaliada "caso a caso" e quando existir alguma pista que leve a pensar que as reuniões possam colocar problemas, não serão feitas, garantiu.
No início de abril, oito pessoas foram acusadas pelo juiz belga que investiga a Huawei por alegada corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa no Parlamento Europeu.
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