"Penso que estamos a trabalhar muito bem com o Irão e estamos a ter reuniões muito sérias", afirmou Trump aos jornalistas na Sala Oval, ao lado do primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre.
"Penso que estamos a trabalhar muito bem num acordo com o Irão", disse.
Trump insistiu que "só há duas opções" para atingir o objetivo: "Uma não é uma boa opção. Não é uma boa opção de todo", acrescentou.
Há uma semana, quando recebeu a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, Trump não rejeitou o plano de Israel para destruir as instalações nucleares do Irão, embora tenha dito que não tinha pressa em fazê-lo.
"Não diria que o excluí. Não tenho pressa, porque penso que o Irão tem a possibilidade de ter um grande país e viver feliz sem morte e eu gostaria de ver isso, essa é a minha primeira escolha", adiantou.
Nesta linha, na terça-feira, Trump escreveu na sua rede social, Truth Social, que tinha mantido uma chamada com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na qual discutiram as conversações com o Irão para um acordo nuclear, e garantiu que estão "do mesmo lado em todas as questões".
Os EUA e o Irão já realizaram duas reuniões, com Omã como mediador, para tentar chegar a um acordo nuclear.
Além disso, o jornal norte-americano Politico noticiou em exclusivo na quinta-feira que a administração Trump tinha nomeado o diplomata Michael Anton para liderar as conversações técnicas com Teerão.
Anton é o diretor de planeamento de políticas do Departamento de Estado e, de acordo com os relatórios publicados, acompanhou Steve Witkoff, o enviado especial do presidente dos EUA na última ronda de conversações.
Este sábado, os dois países realizarão uma nova ronda de conversações em Roma, à semelhança da última.
A primeira teve lugar em Mascate, Omã, há duas semanas.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) pediu na quarta-feira ao Irão explicações sobre túneis em redor de uma central, manifestando ainda esperança na continuação das discussões entre Teerão e os Estados Unidos.
Depois da publicação de imagens de satélite da central de Natanz, nas quais se vê um novo túnel situado próximo de um outro mais antigo e de um novo perímetro de segurança, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, garantiu que vai continuar a pedir explicações.
Grossi, que visitou Teerão na semana passada, lembrou que todos os países devem informar a AIEA sobre os planos para instalações junto a locais nucleares, mas que o Irão, em nome de uma posição "única no mundo", se permite não o fazer.
Em 2018, Donald Trump, no primeiro mandato como Presidente dos Estados Unidos, pôs fim a um acordo anterior com o Irão, negociado sob a presidência do antecessor Barack Obama.
Novamente na Casa Branca desde janeiro, o Republicano tem alimentado agora esperança de um novo acordo que resolva a questão por via diplomática, e dissuadiu Israel de levar a cabo um ataque militar contra o Irão.
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