Pelo menos oito contentores com óleo e outros itens foram confiscados nas últimas semanas no porto de Tanjung Perak, em Surabaya, com o Ministério do Comércio a informar esta semana que os exportadores não tinham declarado corretamente o conteúdo.
De acordo com a proibição, quem exportar ilegalmente óleo de cozinha pode ser condenado a penas até cinco anos de prisão e multas até cinco mil milhões de rupias (324 mil euros).
Recorde-se que, no final de abril, a Indonésia, maior produtor mundial de óleo de palma, suspendeu todas as exportações deste produto, o que poderá levar a uma subida dos preços dos alimentos a nível mundial.
Timor-Leste é um dos países mais afetados, já que a quase totalidade do óleo que importa tem origem na Indonésia, levando já a um aumento de preços significativos e racionamento nos mercados e supermercados no país.
O Presidente indonésio, Joko Widodo, sublinhou que o abastecimento da população de 270 milhões era "a maior prioridade".
"Como maior produtor de óleo de palma, é irónico que tenhamos dificuldade em obter óleo de cozinha", reconheceu Widodo, pedindo aos produtores que cooperem.
O abastecimento de óleo de palma, o principal óleo utilizado na culinária do arquipélago, é problemático desde o início do ano.
A população com menos posses tinha muitas vezes que esperar horas em longas filas em frente a centros de distribuição de óleo a preços subsidiados pelo governo.
A Indonésia sofre com problemas de distribuição e de reserva de óleo de palma, porque os produtores preferem exportar a sua produção para aproveitar ao máximo a alta dos preços.
Os preços do óleo de palma atingiram recordes no mercado internacional, à medida que os comerciantes procuram abastecimentos alternativos, na ausência de embarques de óleo de semente de girassol.
O Governo da Indonésia disse que irá retomar as exportações quando o preço do óleo de cozinha cair para 14.000 rupias (0,92 euros) no arquipélago, depois de subir 70% nas últimas semanas.
A Indonésia é responsável por cerca de 60% da produção mundial de óleo de palma, um terço do qual é consumido no mercado doméstico.
O país exportou no ano passado 34,2 milhões de toneladas de óleo de palma, utilizado não apenas na culinária, mas também no fabrico de uma ampla gama de produtos, de cosméticos a produtos alimentares.
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