Pandemia causa quebras em "todos os escritórios" de advogados de Macau

O presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM) disse hoje que as restrições anti-pandémicas trouxeram uma quebra do volume dos negócios de todas as firmas de advocacia do território "sem exceção".

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Catarina Domingues
18/05/2022 13:11 ‧ 18/05/2022 por Catarina Domingues

Mundo

Covid-19

"Todos os escritórios de advogados, grandes e pequenos, cada um na sua escala, têm tido quebras que resultam da quebra de atividades económicas dos seus clientes", disse o presidente da AAM, Jorge Neto Valente.

Se os "grandes operadores dos casinos, passando pelos promotores de jogo, até às pequenas e médias empresas" têm estado a sofrer "muito com a pandemia e com as restrições à entrada de visitantes no território", isso significa que há uma "quebra do volume de negócio de todos os escritórios", concretizou.

Para Neto Valente, a pandemia trouxe também alguns constrangimentos ao nível dos recursos humanos, na medida em que "agora está muito difícil recrutar" profissionais ao exterior.

Macau, um dos primeiros territórios a ser atingido pela pandemia, registou até à data 82 casos de covid-19. Além das fronteiras estarem encerradas a estrangeiros desde março de 2020, os residentes que chegam de zonas consideradas de risco elevado, como é o caso de Portugal, são obrigados a cumprir, no mínimo, 14 dias de quarentena em hotéis designados pelas autoridades.

Contudo, questionado sobre se a comunidade jurídica local teria interesse num programa semelhante ao que foi anunciado pelo Governo para trazer até Macau profissionais do ensino, do exterior, incluindo de Portugal, Neto Valente sublinhou que, no setor da advocacia, esta não é uma questão "tão sensível".

"Mesmo antes da pandemia tem havido poucas pessoas, designadamente advogados, que têm vindo para Macau", justificou.

O responsável realçou, além disso, que o número de advogados locais "tem continuado a aumentar" na região administrativa especial, resultando em "problemas de concorrência local".

"Por causa da competição não é fácil, é sobretudo difícil para quem começa agora a atividade profissional", disse.

De acordo com o responsável, Macau conta com cerca de 480 advogados efetivos e "mais de uma centena de estagiários".

O presidente da AAM falava numa conferência de imprensa onde foi apresentado o plano de atividades para o Dia do Advogado de 2022, que este ano se realiza entre sexta-feira e domingo.

Leia Também: BNU em Macau com lucro de 4,68 milhões de euros no primeiro trimestre

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