Integração europeia. Costa falará com Zelensky sobre "estatuto especial"

O primeiro-ministro considerou hoje essencial a unidade na União Europeia e adiantou que falará com o Presidente ucraniano sobre a importância de definir um estatuto especial para um caminho pragmático e progressivo de integração europeia da Ucrânia.

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Lusa
20/05/2022 10:53 ‧ 20/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Esta posição foi transmitida por António Costa numa conferência conjunta com o seu homólogo polaco, depois de interrogado sobre perspetivas de menor abertura de alguns países em relação a um rápido processo de adesão da Ucrânia à União Europeia.

Antes de falar o líder do executivo português, Mateusz Morawiecki defendeu uma rápida adesão da Ucrânia à União Europeia.

Pouco depois, António Costa resolveu deixar as seguintes mensagens: "Os 27 Estados-membros da União Europeia têm de possuir a abertura suficiente para encontrarem o estatuto especial que é necessário para a Ucrânia, não nos agarremos a designações e concentremo-nos em ser pragmáticos".

"A melhor ajuda que podemos dar à Ucrânia é não haver divisões e mantermos uma resposta unida na União Europeia face à agressão militar da Rússia. A última coisa que devemos fazer é encontrar divisões entre nós", salientou.

O primeiro-ministro referiu a título de exemplo o complexo processo de adesão de Portugal à União Europeia, com negociações que demoraram nove anos, e falou num dos temas que espera abordar no sábado, em Kiev, com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

"Reativamente aos contactos que manterei na Ucrânia com o Presidente Zelensky e com o primeiro-ministro ucraniano incidirão sobre as formas de apoio que, do ponto de vista bilateral, Portugal pode continuar a assegurar ao nível do fornecimento de equipamento militar, humanitário e financeiro. Vamos também discutir a perspetiva europeia da Ucrânia, tendo em vista a que possamos ajudar a construir uma posição de unidade na União Europeia", indicou.

António Costa reconheceu a existência de uma posição diferenciada entre os Estados-membros da União Europeia em matéria de processo de adesão da Ucrânia, mas procurou sobretudo dar ênfase aos pontos em que existe convergência.

"Estamos reconhecidos e satisfeitos com a clara opção europeia da Ucrânia, todos reconhecemos a Ucrânia como parte da família europeia e todos sabemos bem quais as regras da União Europeia. Temos de encontrar uma solução que responda àquilo que é prioritário neste momento para a Ucrânia: Apoio militar, económico, humanitário e compromisso inquestionável para o esforço enorme de reconstrução", sustentou.

Leia Também: "Temos condições para contribuir para a autonomia energética da Europa"

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