Liz Truss, secretária dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, disse em entrevista ao Telegraph que o país já iniciou discussões com os seus aliados internacionais sobre o envio de armamento moderno para a Moldávia, a fim de a proteger de uma eventual investida militar da Rússia.
A mesma fonte apontou que o Reino Unido quer ver este país "equipado de acordo com o padrão da NATO". Isto mesmo apesar do facto da Moldávia não fazer parte da Aliança Atlântica, existindo no entanto preocupações de que o Kremlin a veja como um futuro alvo.
"Putin foi absolutamente claro quanto às suas ambições de criar uma Rússia maior - e só porque as suas tentativas de levar Kyiv não tiveram êxito, não significa que tenha abandonado essas ambições", lembrou Liz Truss.
"Eu gostaria de ver a Moldávia equipada de acordo com o padrão da NATO. Esta é uma discussão que estamos a ter com os nossos aliados", afirmou a secretária dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido.
O Reino Unido, os Estados Unidos da América, França e Alemanha têm mantido, nos últimos tempos, conversações sobre a possibilidade de acordarem uma certa garantia de segurança para a Ucrânia, com o intuito de possibilitar o fornecimento de armamento e de outro tipo de apoio a longo prazo.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas - cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi entretanto condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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