Futuro da Ucrânia? "Com tal vizinho, pode haver guerra. Pode repetir-se"
Zelensky frisou que “após vencer a guerra contra a Rússia, a Ucrânia tornar-se-á um Estado poderoso e seguro que se livrará da corrupção e da influência oligárquica e será capaz de defender o seu território e o seu povo”.
© Hollie Adams/Bloomberg via Getty Images
Mundo Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu, esta segunda-feira, que devem ser criadas “condições para que as pessoas e empresas” não tenham receio de se estabelecer no país, mas que devem também ser estabelecidas “prioridades de segurança concretas”, uma vez que a “guerra pode ser repetida” por iniciativa da vizinha Rússia.
Questionado sobre o futuro da Ucrânia no Fórum Económico Mundial, em Davos, no qual participou em formato online, Zelensky frisou que “após vencer a guerra contra a Rússia, a Ucrânia tornar-se-á um Estado poderoso e seguro que se livrará da corrupção e da influência oligárquica e será capaz de defender o seu território e o seu povo”.
Defendendo que, enquanto líder de um país em guerra, pensa mais no presente do que no futuro, o chefe de Estado ucranianos frisou que o país “paga um preço elevado” pela sua “liberdade, independência e luta” e expressou a convicção de que vencerá a guerra contra a Rússia, “uma vez que o povo e o exército ucraniano já demonstraram a sua força e coragem”.
“[A Ucrânia] será um Estado forte com prioridades de segurança concretas”, afirmou Zelensky. “Compreendemos que tudo pode acontecer a qualquer momento com tal vizinho [a Rússia], e, infelizmente, pode haver guerra. A guerra pode ser repetida. Estou convencido de que devemos criar condições para que as pessoas e as empresas não tenham medo de se desenvolver no nosso país”, acrescentou.
Citado num comunicado publicado no site da Presidência da Ucrânia, o chefe de Estado afirmou que o próximo objetivo é “estabelecer o mais avançado sistema de defesa aérea, o mais avançado multissistema de segurança".
“O nosso objetivo é ter um tratado de segurança com outros países em que confiamos e que consideramos parceiros. Este tratado tem de ser plenamente respeitado, de preferência ratificado pelos parlamentos dos países parceiros estratégicos. Para que quaisquer hipóteses do agressor para a futura invasão sejam eliminadas antes de entrar na nossa terra”, afirmou ainda na sua intervenção.
Assinala-se, esta segunda-feira, o 89.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados da ONU, a invasão já causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas.
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