Sexto pacote de sanções? UE poderá chegar a acordo esta semana

O primeiro-ministro dos Países Baixos frisou que “como grandes consumidores de petróleo e gás russo”, os Estados-membros da UE estão “basicamente a financiar a horrível guerra de Putin”.

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© Niall Carson/PA Images via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/05/2022 22:42 ‧ 23/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Mark Rutte

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, afirmou, esta segunda-feira, que é possível que a União Europeia (UE) chegue a um consenso acerca do sexto pacote de sanções contra a Rússia ainda esta semana. Sublinhe-se que o pacote, apresentado no início do mês por Bruxelas, prevê uma eliminação total e gradual da importação do petróleo e gás russos.

Em conferência de imprensa, com o seu homólogo irlandês, Micheál Martin, em Dublin, o governante neerlandês reconheceu que “como grandes consumidores de petróleo e gás russo”, os Estados-membros da UE estão “basicamente a financiar a horrível guerra de Putin”. “Precisamos de pôr fim a isso o mais depressa possível”, sublinhou.

“Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para levar o sexto pacote a uma conclusão. Continuo a pensar que isso deveria ser feito ao nível dos 27 [Estados-membros], também porque formalmente, legalmente, precisamos de unanimidade sobre isto e continuo a pensar que é possível chegar lá”, acrescentou.

O pacote prevê uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e por oleoduto, bruto e refinado, para assim haver uma eliminação gradual da dependência energética europeia face à Rússia, que permita assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais.

Ainda assim, este sexto pacote de sanções à Rússia, centrado na proibição gradual das importações de petróleo pelos Estados-membros até final do corrente ano, prevê uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.

A Hungria já veio rejeitar a proposta de um embargo progressivo da UE ao petróleo russo nos termos propostos pela Comissão Europeia, alegando que põe em causa a segurança energética do país.

Leia Também: AO MINUTO: "Ucrânia tem um líder digno"; Ex-presidente acusado de traição

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