Ucrânia: Suíça anuncia conferência sobre a reconstrução em julho

O Presidente suíço anunciou hoje a realização de uma conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, a 4 e 5 de julho na Suíça, para mobilizar fundos para o país atingido por destruições maciças desde a invasão russa.

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Lusa
24/05/2022 22:15 ‧ 24/05/2022 por Lusa

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Ucrânia

Uma conferência sobre as reformas ucranianas estava inicialmente prevista para essa data na cidade de Lugano, mas o seu título e objetivo foram alterados devido ao contexto, disse Ignazio Cassis numa conferência de imprensa em Davos.

"A conferência sobre a recuperação da Ucrânia será dedicada ao processo de reconstrução", disse o Chefe de Estado durante o discurso, para o qual o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, foi convidado por vídeo-conferência. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, foi convidado para estar presente, mas a chegada foi atrasada por problemas de transporte.

Ainda não são conhecidos os detalhes dos futuros participantes na conferência. Foi enviado um convite a cerca de 40 líderes, mas este deverá abordar a questão das contribuições anunciadas e a vir do Banco Mundial, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da União Europeia, disse o Presidente suíço.

O Chefe de Estado disse também que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky participará, sem especificar de que forma.

A Rússia "destruiu estradas, infraestruturas municipais, está a fazer tudo para tornar a vida impossível na Ucrânia", disse o primeiro-ministro ucraniano, estimando o custo da destruição em 600 mil milhões de dólares.

O líder ucraniano apelou "à comunidade internacional para mobilizar ajuda financeira, que é crucial para a reconstrução".

A conferência centrar-se-á nas infraestruturas, destruídas pela guerra, bem como nas questões económicas, ambientais e sociais, e envolverá a mobilização de fundos através de um apelo aos doadores, disse também Ignazio Cassis.

Não será apenas uma questão de enviar fundos para a Ucrânia, frisou o chefe de Estado, acrescentando que "há o perigo de que estes fundos acabem nas mãos erradas", e referindo-se à importância de "auditar o pagamento de fundos".

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