"Finalmente esta noite o Astral, após 24 horas de busca e salvamento em condições extremas e com uma tempestade a aproximar-se, conseguiu chegar ao porto de Lampedusa. Os 110 sobreviventes poderão agora receber os cuidados necessários e ver reconhecidos os seus direitos", escreveu o chefe da missão, Gerard Canals nas suas redes sociais.
Gerard Canals tinha enviado uma mensagem algumas horas antes a solicitar urgentemente um porto para desembarcar antes da chegada do mau tempo.
A Open Arms resgatou os 110 migrantes que esperaram várias horas por ajuda no Mediterrâneo central, apesar dos pedidos de socorro enviados a Malta, Itália e Tunísia.
O responsável pela organização não-governamental (ONG) espanhola, Oscar Camps, explicou que o veleiro da organização, o Astral, localizou na terça-feira à noite uma embarcação em "péssimas condições" com cerca de 100 pessoas a bordo.
Depois de ter sido feita a distribuição de coletes salva-vidas aos migrantes, o barco em que estavam virou e os ocupantes caíram no mar.
"Tivemos muito trabalho para recuperar os náufragos da água em três botes salva-vidas do Astral. Não sabemos se alguma vida foi perdida. Todos sabiam que isso iria acontecer. Negaram-se a ajudar", denunciou Camps, nas redes sociais.
A Itália é o único país onde navios humanitários desembarcam migrantes no Mediterrâneo central. Este ano 17.863 migrantes chegaram às costas do país, em comparação com 13.765 que fizeram no mesmo período do ano passado, segundo a dados do Ministério do Interior italiano.
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