O marido de uma das professoras assassinadas no massacre na escola primária de Uvalde, no estado norte-americano do Texas, morreu “de coração partido”, informou a família, nas redes sociais.
Irma Garcia lecionava há 23 anos na Robb Elementary School, que foi, na terça-feira, palco de um massacre que lhe tirou a vida. Eva Mireles, colega de Garcia, foi também umas das vítimas do ataque, no qual pelo menos 19 crianças morreram.
Agora, dois dias depois do tiroteio levado a cabo por Salvador Ramos, de 18 anos, Joe Garcia, marido de Irma, morreu de ataque cardíaco.
“Venho com profunda tristeza dizer que o marido de minha tia Irma, Joe Garcia, morreu devido à dor. Estou sem palavras para expressar como é que nos estamos a sentir. POR FAVOR, OREM PELA NOSSA FAMÍLIA. Deus tenha misericórdia de nós, isto não é fácil”, disse o sobrinho da professora, John Martinez, na rede social Twitter.
EXTREMELY heartbreaking and come with deep sorrow to say that my Tia Irma’s husband Joe Garcia has passed away due to grief, i truly am at a loss for words for how we are all feeling, PLEASE PRAY FOR OUR FAMILY, God have mercy on us, this isn’t easy pic.twitter.com/GlUSOutRVV
— john martinez ️ (@fuhknjo) May 26, 2022
Irma e Joe estavam casados há 24 anos e deixam quatro filhos, com 23, 19, 15 e 13 anos, segundo o sobrinho.
Ambas as professoras do 4.º ano morreram a tentar proteger os seus alunos, de acordo com relatos dos sobreviventes.
John Martinez adiantou, na mesma rede social, que os alunos de Irma “eram como se fossem seus filhos”, tendo morrido “como uma heroína”.
Já Adalynn Ruiz, filha de Eva Mireles, confessou, no Facebook, que a mãe “saltou para a frente dos seus alunos para lhes salvar a vida”, sendo que o seu coração ficará “eternamente partido”.
Salvador Ramos entrou, na terça-feira, no estabelecimento de ensino munido com uma pistola e uma espingarda, vitimando 19 crianças e as duas professoras. Foi abatido pela polícia.
Ainda em casa, disparou sobre a avó, que se encontra hospitalizada em estado crítico.
Este foi o tiroteio mais mortífero numa escola dos Estados Unidos desde o ataque a Sandy Hook, no Connecticut, que vitimou 20 crianças e seis funcionários.
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