A decisão foi tomada na reunião extraordinária daquele órgão, realizada quinta-feira, na qual participaram 52 dos 91 membros convocados.
Nas resoluções, distribuídas à imprensa, o 'bureau' político do PAIGC dá "anuência à comissão permanente para avaliar a existência ou não de condições para eventual participação no Governo, que estará incumbido prioritariamente do processo eleitoral e do controlo dentro dos limites possíveis, dos princípios e valores que o PAIGC defende".
O 'bureau' político refere também que tomou "boa nota dos trabalhos" da comissão permanente e do presidente do partido, Domingos Simões Pereira, pela "forma competente e responsável como têm acompanhado o processo político em curso".
O órgão de coordenação política do PAIGC corroborou também a "avaliação feita pela comissão permanente" de o partido "acompanhar todo o processo de preparação da próxima legislatura, nomeadamente a realização das próximas eleições legislativas".
O 'bureau' político pediu também a todas as estruturas do partido para que a decisão seja divulgada e explicada às bases para "permitir o melhor esclarecimento e evitar aproveitamentos políticos".
Aquele órgão encorajou também o comandante Manuel dos Santos, "Manecas", a dar "continuidade, a nível da comissão permanente, à sua participação na busca de soluções para o quadro político vigente".
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu a semana passada a Assembleia Nacional Popular e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.
Na sequência da dissolução do parlamento, o chefe de Estado reconduziu no cargo o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, mas decidiu fazer um Governo de iniciativa presidencial, para organizar as legislativas.
O PAIGC venceu as legislativas, realizadas em março de 2019, mas o seu Governo foi demitido após a tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló, que nomeou um outro, composto por elementos que apoiaram a sua candidatura, nomeadamente Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido da Renovação Social (PRS) e Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
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