O ministro da Tecnologia e Economia Digital do Reino Unido, Chris Phip, descartou uma investigação às alegações de que Carrie Johnson, mulher do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, realizou uma festa com amigos para celebrar o aniversário do marido, no apartamento onde vivem em Downing Street, quebrando as regradas impostas no âmbito da pandemia da Covid-19. A festa não faz parte do inquérito realizado pela investigadora Sue Gray, conhecido na semana passada.
Chris Phip diz que ocorreu uma "conjunto de investigações inacreditavelmente abrangente" nos últimos seis meses e afasta a possibilidade de ser feita uma nova averiguação a esta alegada festa.
"Tendo duas investigações separadas, inclusive pela polícia, ao longo de muitos meses, não é imediatamente óbvio para mim que precisemos de mais investigações quando este provavelmente foi, com razão, o conjunto de incidentes mais investigado nos últimos tempos", disse, em declarações à Sky News.
O governante britânico disse ainda que não tinha "nenhum conhecimento interno" do suposto evento.
É de realçar que, no fim de semana, o The Sunday Times noticiou que o gabinete de Simon Case, responsável pela resposta à pandemia, recebeu informações de que mensagens sugeriam que a esposa de Boris Johnson havia organizado um encontro, no dia 19 de junho de 2020, para celebrar os 56 anos do marido - uma festa de aniversário paralela àquela que valeu uma multa ao primeiro-ministro britânico.
O evento não tinha sido divulgado anteriormente e não fez parte da investigação publicada por Sue Gray, que ocupa o cargo de segunda-secretária permanente do gabinete do primeiro-ministro, e que ficou responsável por investigar as polémicas festas em Downing Street.
As mensagens mostram que um assessor de Downing Street disse a Carrie Johnson que o seu marido estava a caminho do apartamento para o seu aniversário, ao que Carrie respondeu que já lá estava com alguns amigos. Sue Gay terá sido informada destas mensagens em janeiro, mas nada aconteceu.
Começam agora a surgir acusações de interferência do governo no relatório.
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