Condenado à morte responsável do grupo Estado Islâmico no sul do Iraque

Um tribunal de Bagdade condenou esta segunda-feira à pena de morte o responsável do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no sul do Iraque, acusado de arquitetar um ataque suicida que causou mais de 30 mortos no início de 2021.

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Lusa
30/05/2022 23:41 ‧ 30/05/2022 por Lusa

Mundo

Terrorismo

 

O Supremo Conselho Judicial referiu, em comunicado, que "o criminoso admitiu, durante as investigações preliminares e judiciais, que pertencia ao grupo EI desde 2012" e que planeou vários ataques em Bagdade.

O condenado, identificado como "S", também confessou que "equipou dois homens-bomba no ataque ao mercado de Al Balat, na zona de Bab al Sharqi".

"O Tribunal encontrou provas suficientes e irrefutáveis ??para condená-lo de acordo com o disposto no artigo 4.º da Lei Antiterrorista nº 13 de 2005", pode ler-se na nota de imprensa, referindo-se à lei que se aplica aos réus em casos de terrorismo.

Em 21 de janeiro de 2021, pelo menos 32 pessoas morreram e outras 110 ficaram feridas num duplo atentado suicida naquele mercado de rua no centro de Bagdade, no pior ataque que a capital iraquiana sofreu nos últimos anos.

Segundo a versão oficial, um primeiro suicida fingiu estar doente e pediu ajuda às pessoas ao seu redor para que, quando um grupo de pessoas se aproximasse, detonasse um cinto explosivo.

O segundo homem-bomba fez-se explodir enquanto outros cidadãos corriam para ajudar as vítimas da primeira explosão.

Os tribunais iraquianos condenaram à morte numerosos combatentes deste grupo terrorista, que, entre 2014 e 2017, controlou grandes áreas do norte e centro do Iraque.

Segundo dados do Ministério da Justiça iraquiano, entre 2015 e 2020 um total de 327 pessoas foram executadas no Iraque, que é um dos países que mais aplica pena de morte no mundo juntamente com o Irão, Egito e Arábia Saudita.

As autoridades iraquianas declararam a vitória contra a EI no final de 2017. Mesmo depois de terem sido derrotados, os 'jihadistas' continuam a fazer ataques mortais no Iraque e na vizinha Síria, onde também estiveram ativos durante anos.

Nos últimos anos, os jihadistas também incendiaram dezenas de campos nos dois países e reivindicaram a responsabilidade por este método nos seus canais de comunicação.

Um relatório da ONU publicado no início do ano indica que a organização terrorista manterá entre 6.000 a 10.000 combatentes no Iraque e na Síria.

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