"O Conselho Europeu está pronto para conceder nove mil milhões de euros à Ucrânia", divulgou o presidente da estrutura, Charles Michel, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.
No anúncio feito quando os líderes da UE se reúnem em Bruxelas para uma cimeira extraordinária de dois dias, Charles Michel adiantou que "o Conselho Europeu vai continuar a ajudar a Ucrânia a responder às necessidades de liquidez, juntamente com o G7".
A guerra da Ucrânia causada pela invasão russa dominou, assim, a agenda dos chefes de Governo e da UE neste primeiro dia de Conselho Europeu.
O aval político surge depois de, em meados de maio, a Comissão Europeia ter anunciado que iria propor a concessão à Ucrânia, em 2022, de assistência macrofinanceira adicional sob a forma de empréstimos até nove mil milhões de euros, fundos que serão complementados pelo apoio de outros parceiros internacionais bilaterais e multilaterais, incluindo o G7.
Na altura, o executivo comunitário explicou que estas verbas "seriam paga em parcelas com prazos de vencimento longos e taxas de juro concessionais, graças à garantia do orçamento da União", admitindo que, "para tornar isto possível, os Estados-membros deveriam acordar em disponibilizar garantias adicionais".
"Juntamente com o apoio de subvenções do orçamento da UE para subsidiar os respetivos pagamentos de juros, isto assegurará um apoio bem coordenado e altamente concessionário à Ucrânia", adiantou a Comissão Europeia na altura.
De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional, a Ucrânia precisa de 5 mil milhões de dólares (quase o mesmo em euros) mensais para manter a sua economia a funcionar.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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