Lukashenko premeia membros do KGB por "operação especial" na Ucrânia

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, condecorou hoje vários membros dos serviços secretos bielorrussos que participaram numa "operação especial" em território ucraniano, indicou fonte da presidência.

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Lusa
31/05/2022 14:02 ‧ 31/05/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"O presidente entregou hoje prémios a efetivos do Comité de Segurança do Estado (KGB) que participaram numa operação especial na Ucrânia", referiu Pul Pérvogo, do gabinete de imprensa presidencial bielorrusso, na rede de mensagens Telegram.

Os motivos da condecoração não foram ainda divulgados ao público, porém Pérvogo garantiu que seriam anunciados num programa de televisão a ser transmitido esta noite.

Segundo os meios de comunicação, a distinção poderá estar relacionada com "uma operação" realizada para a libertação de cidadãos bielorrussos, entre eles, alguns camionistas, que estavam presos na Ucrânia.

Lukashenko já tinha declarado, no início de abril, que os serviços secretos do seu país tinham atuado de forma "brilhante" para libertar bielorrussos retidos em território ucraniano.

"Avisei o lado ucraniano que seríamos obrigados a avançar com uma operação especial para libertar estas pessoas", afirmou o presidente bielorrusso na altura.

Apesar de Kiev acusar a Bielorrússia de ceder território às tropas de Moscovo para atacar a Ucrânia, as autoridades bielorrussas têm negado repetidamente qualquer envolvimento na campanha militar da Rússia no país vizinho.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo as Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 6,8 milhões pessoas para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Bielorrússia pede a bloco da ex-URSS uma frente comum perante sanções

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