Numa conferência de imprensa em Washington, com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Stoltenberg assegurou que é sua intenção que a reunião se realize antes da cimeira da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) que decorrerá em finais de junho em Madrid.
"A Finlândia e a Suécia deixaram claro que estão dispostas a sentar-se para falar das preocupações que a Turquia tem", sublinhou o responsável do bloco de defesa ocidental.
Ambos os países nórdicos pediram a adesão à NATO por considerarem ameaçada a sua segurança, após a invasão russa da Ucrânia, mas o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou o seu veto, acusando-os de apoiarem o "terrorismo" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
"Sabemos que não há nenhum outro aliado da NATO que tenha sofrido mais ataques que a Turquia. A Turquia é um aliado importante", declarou Stoltenberg.
O secretário-geral da Aliança Atlântica mostrou-se "convicto" de que será possível resolver a questão do veto turco, porque "não é a primeira vez" que a organização se confronta com discrepâncias internas.
Além disso, declarou também que, quando o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro, "queria menos NATO, mas o que vai ter é mais NATO".
Por seu lado, Blinken reiterou que os Estados Unidos "apoiam os esforços" para a entrada da Finlândia e da Suécia na Aliança e afirmou que "as preocupações" da Turquia "estão a ser atendidas".
O Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu a 19 de maio na Casa Branca o seu homólogo finlandês, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, para expressar "o apoio completo, total e integral dos Estados Unidos" à sua entrada na Aliança Atlântica.
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