A informação foi dada em conferência de imprensa pelo subsecretário de Defesa para a Política, Colin Kahl, um dia depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, ter anunciado que os Estados Unidos enviariam mais sistemas de mísseis avançados para a Ucrânia poder lançar ataques com maior precisão.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse hoje que a Ucrânia garantiu aos Estados Unidos que não usará os novos sistemas de mísseis prometidos por Washington para atingir alvos em território russo.
Um funcionário norte-americano tinha explicado na terça-feira a vários 'media' que Washington enviaria para a Ucrânia os designados "High Mobility Artillery Rocket Systems" (HIMARS).
Estes sistemas têm um alcance de cerca de 80 quilómetros e representam um reforço significativo da capacidade das forças ucranianas, que têm recebido sistemas com um alcance de 40 quilómetros.
O equipamento faz parte de um novo pacote mais amplo de assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia no valor total de 700 milhões de dólares (653 milhões de euros).
Kahl destacou que haverá uma primeira entrega à Ucrânia de quatro HIMARS e que haverá três semanas de treinos para os militares ucranianos os usarem.
"Este sistema proporcionará à Ucrânia maior precisão na hora de atacar à distância", disse o responsável do Pentágono.
O Kremlin reagiu hoje ao anúncio do envio dizendo que Washington está a "deitar achas para a fogueira" e que o gesto norte-americano "não ajuda a relançar as negociações de paz" com Kiev.
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