O governo de Biden foi chamado a pronunciar-se sobre se o órgão judicial mais importante dos Estados Unidos tem poder para aceitar e avaliar o caso.
A empresa israelita NSO tentou interromper o processo judicial, alegando que não pode ser processada pela Meta, pois agiu em nome de governos estrangeiros, e não por iniciativa própria, quando instalou o programa Pegasus, usado para atos de espionagem em dispositivos móveis.
A organização francesa Forbidden Stories, com apoio técnico da Amnistia Internacional (AI) revelou em 2021, numa investigação jornalística, que o Pegasus estava a ser usado para espiar políticos de destaque internacional.
Segundo o mesmo consórcio, um dos telemóveis do Presidente francês, Emmanuel Macron, estava na lista de alvos deste sistema de espionagem, juntamente com o ex-presidente da Comissão Europeia Romano Prodi e o atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, este último enquanto servia como primeiro-ministro belga.
O Pegasus é um programa de 'malware' de espionagem cibernética, que é instalado em dispositivos móveis e é capaz de recolher todas as informações contidas no dispositivo, assumindo o controlo quase completo deste sem que o utilizador tenha conhecimento.
Como punição pelo uso deste programa, os Estados Unidos impuseram sanções contra o seu fabricante, a empresa israelita NSO Group, vetando o seu acesso a tecnologia norte-americana, enquanto Israel reforçou o controlo sobre as suas exportações cibernéticas.
O NSO Group sempre sustentou que os seus produtos se destinavam a perseguir terroristas e criminosos, embora não possa controlar como os seus clientes os utilizam.
Em janeiro de 2022, o presidente da NSO, Asher Levy, apresentou, no entanto, a demissão do cargo depois de ter sido revelado que o programa tinha sido usado pela polícia de Israel para espiar cidadãos sem ordem judicial.
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