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'Maré negra' no Iémen? Greenpeace pede a Estados árabes 'união' com ONU

A organização não governamental ambientalista (ONGA) Greenpeace solictou, esta quarta-feira, aos Estados árabes que participem no financiamento de uma operação das Nações Unidas para impedir uma 'maré negra' que pode resultar de um petroleiro abandonado ao largo do Iémen.

'Maré negra' no Iémen? Greenpeace pede a Estados árabes 'união' com ONU
Notícias ao Minuto

21:52 - 08/06/22 por Lusa

Mundo Petróleo

Velho de 45 anos, o navio FSO Safer não tem manutenção desde 2015, para o que contribui o facto de o Iémen estar a viver uma das piores crises humanitárias do mundo, devido à guerra que opõe forças governamentais e rebeldes Huthis.

O petroleiro, que está no porto estratégico de Hodeida, no oeste do país, no Mar Vermelho, controlado pelos rebeldes, contém o equivalente a um pouco mais de um milhão de barris de petróleo e os peritos receiam que, a qualquer momento, se parta, se incendeie ou que expluda.

A Greenpeace apelou hoje à Liga Árabe, integrada por 22 Estados, que promova "uma reunião de emergência e desenvolva esforços concertados para financiar um plano de salvamento do Safer antes que seja demasiado tarde".

Em comunicado, a diretora da ONGA para o Médio Oriente e o Norte de África, Ghiwa Nakat, considerou "deplorável que a crise do Safer continue por resolver, devido à falta de apoio financeiro".

Adiantou que "apenas um" Estado árabe contribuiu até ao momento, apesar de uma catástrofe os afetar "em primeiro lugar".

Em maio, França, Reino Unido, Alemanha e Qatar e outros doadores prometeram 33 milhões de dólares para financiar operações urgentes, menos de metade dos 80 milhões que a ONU esperava.

Em caso de maré negra, a ONU estima em 20 mil milhões de dólares o custo das operações de limpeza.

A Greenpeace já adiantou que o petroleiro ameaça não apenas "a população do Iémen e dos países vizinhos", mas também "os ecossistemas frágeis da região, nomeadamente a biodiversidade única do Mar Vermelho".

Se o pior cenário ocorrer, a ONGA antevê "uma das catástrofes mais perigosas da história".

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