A sessão plenária será realizada no último dia das reuniões, para as quais também foram convidados representantes do Governo e da oposição sírios, bem como o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Geir Pedersen.
O Cazaquistão aguarda a confirmação da participação dos convidados na reunião, disseram fontes diplomáticas à agência de notícias Efe.
A marcação da nova ronda de negociações ocorre numa altura em que a Turquia se prepara para uma nova ofensiva no norte da Síria, onde se intensificaram os combates entre o Exército turco e as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG).
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, indicou inicialmente que o objetivo geral é controlar uma faixa ao longo de toda a fronteira turco-síria para evitar ataques, especificando depois que os alvos da intervenção são duas áreas a norte e nordeste de Aleppo, Manbech e Tel Rifaat.
O Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, alertou que os planos da Turquia são uma ameaça à paz e prejudicam todos os acordos anteriores que permitiram a implementação de zonas de segurança no nordeste da Síria através de acordos entre Rússia e a Turquia em 2018 e 2019, em Sochi.
A Rússia é o principal aliado do Presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto a Turquia apoia fações armadas que procuram derrubá-lo.
A reunião em Nursultan acontece quase seis meses após a última ronda que aconteceu na capital do Cazaquistão, onde Rússia, Turquia e Irão se comprometeram a continuar os esforços para reanimar o processo de paz sírio e reiteraram a importância do trabalho da Comissão Constitucional síria.
Pedersen afirmou em 02 de junho, no final da oitava rodada de negociações daquela Comissão, formada por representantes do regime sírio, da oposição e da sociedade civil e que deve redigir uma nova Constituição, que o diálogo está a caminhar "a um ritmo muito lento" após três anos de trabalho.
A nona sessão dessas negociações, que começaram em 2019, está programada para ocorrer em Genebra (Suíça) de 25 a 29 de julho.
O conflito na Síria resultou até agora na morte de quase 610 mil pessoas e numa grave crise humanitária.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais, e a ascensão de extremistas islâmicos.
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