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Moçambique vai defender diálogo no Conselho de Segurança da ONU

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o país vai defender o diálogo e o multilateralismo para a paz no mundo, durante os dois anos de mandato de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Moçambique vai defender diálogo no Conselho de Segurança da ONU
Notícias ao Minuto

17:57 - 09/06/22 por Lusa

Mundo Moçambique

Moçambique foi hoje eleito por unanimidade membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na vaga que este ano cabia a África preencher e à qual concorria sem oposição, seguindo a habitual concertação no continente.

Numa comunicação à nação, após o anúncio dos resultados da votação, o chefe de Estado moçambicano assegurou que o país vai pautar a sua conduta naquele órgão pelo "primado da política de paz e de solução pacífica e a advocacia do multilateralismo".

Os princípios da defesa do interesse nacional e respeito pela soberania e integridade territorial dos Estados também vão conduzir a ação de Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidades, acrescentou Filipe Nyusi.

"Trata-se de princípios e regras angulares que se encontram plasmados de forma clara, tanto na nossa Constituição quanto na Carta das Nações Unidas e serão sempre objeto de respeito pelos moçambicanos", enfatizou.

Filipe Nyusi assinalou que o país tem "história e cadastro" na resolução pacífica de conflitos, através do diálogo, referindo o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, em agosto de 2019, um "exemplo recente".

Nesse sentido, apontou o sucesso do referido acordo como fundamental para a paz e estabilidade de todo o território nacional.

O chefe de Estado moçambicano defendeu a importância de uma "abordagem multifacetada" na busca da paz e segurança, indicando a cooperação entre as forças de defesa e segurança de Moçambique, Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) como fundamental nos "progressos assinaláveis" registados no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país.

"Esta abordagem multifacetada tem granjeado reconhecimento internacional, como um modelo 'intrafricano' bem sucedido no combate ao grupos armados", salientou.

É a primeira vez que Moçambique ocupa o lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O país lusófono recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis, o único a consegui-lo entre os cinco países que hoje concorriam a outras tantas vagas, de acordo com os resultados anunciados a partir da sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, quando eram 17:00 em Maputo (16:00 em Lisboa).

Moçambique representou a sub-região da África Austral nas eleições deste ano, de acordo com o padrão de rotação do Grupo Africano.

As eleições para os lugares atribuídos aos Estados-membros africanos são geralmente incontestadas, uma vez que o Grupo Africano mantém um padrão de rotação estabelecido entre as suas cinco sub-regiões (Norte de África, África Austral, África Oriental, África Ocidental e África Central).

Três assentos não-permanentes são sempre atribuídos a África: um lugar é eleito a cada ano civil par, e dois são disputados durante anos ímpares.

Moçambique está entre cinco novos membros eleitos este ano (juntamente com Equador, Japão, Malta e Suíça) que ocuparão os lugares de 01 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2024.

Leia Também: Moçambique eleito membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU

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